sábado, 26 de setembro de 2009

Bolero

Conserva-te no fundo da alma
a memória do seu amor mais inútil
ou do seu amor mais fútil,
que passou como quis passar
mesmo que fosse como amor
e não quisesse voltar.

Quanto em mim, o amor passou
assim como passam as datas
passam as cartas
e passam as certezas.
Passa-me tudo.
Sobra-me tristeza.

Se há amor
há poemas de dor.
E se passando me passam
assim como pássaros
não me deixe tristeza
e sim as palavras de cor.

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