sábado, 5 de junho de 2010

Olho de cor

Hoje eu não queria paz.
Hoje eu não queria choro.
Hoje eu só queria existir.

Minha vida na porta.
Meu corpo na rua.
Minha boca na rodoviária,
na qual não dizia palavra
pelo resto do caminho.
Fora isto, os pés caminhavam.
Os dedos vagavam.
O pensamento ía além...
desejava, desistia, existia.
Existia...
e morria
o pensamento.

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