segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Desabafo poético

Não tenho mais palavras,
cheguei ao ponto culminante da minha criatividade.
Comigo não andam mais os velhos sorrisos,
o olhar envergonhado, ou as frases mal feitas
nem as de sentido ambíguo.
O centro do mundo é meu próprio umbigo.
Me sinto auto derrotada, desesperada
pronta para adormecer, ou simplesmente parar de respirar.
E para completar, não tenho mais ninguém a quem amar.

E essas generalizações desnecessárias...
Esse vácuo de convivências, esses cumprimentos
em forma de continência.
De que me interessam essas canções francesas,
essas modas feias, esse montante de coisas mal feitas...
Estou cheia de estar cheia,
e vazia por dentro das veias.

É como o costume de fazer as coisas acostumadas
e não ter mais do que se queixar. É como todo dia,
usar o mesmo perfume, sem saber que não há mais nada no frasco.
Discuta mil vezes seus problemas, e para cada vez
você entende que não esta entendendo nada.
É como a monotonia de cada mês...
você já sabe das piadas que vai ter que rir,
você já sabe de tudo o que vai acontecer,
e quando acontece algo inesperado, você guarda isso
com a sua coleção de coisas diferentes.
Para depois poder dizer:
confesso que vivi sem ter gasto muitas palavras.

Um comentário:

  1. "É como a monotonia de cada mês...
    você já sabe das piadas que vai ter que rir,
    você já sabe de tudo o que vai acontecer."
    COTIDIANO, se fosse foto vc teria ganhado a Foto do Mês dos Fotógrafos Amadores S.A. hahaha

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